Este poema deve ser de 2000 ou 2001, não tenho data certa, mas sei que foi feito numa dessas tragédias ocasionadas pela chuva da qual o Rio é personagem conhecido.
Enchente
Enchente
Cheiro de tinta guaxe
Vou pintando um índio Apache
Ou então Tupiniquim
Sabor de terra molhada
Um céu pesado de água
É a Chuva no jardim
Um vento de arribar cabelo
Voa saco, cobre o espelho
Que vem raio ó menino
Pego o pão na padaria
Mais um saco de farinha
Viro mago de cozinha
Na tv cai um barraco
já não causa mais espanto
e a imagem fica ruim
Uma cidade de papel
quem desaba não é só o céu
Nas águas, nos olhos...
De um Rio sem fim.
Thiago Pires
Nenhum comentário:
Postar um comentário