Voltando à Quinta.
Ainda em 2010 tive a
oportunidade de degustar a Cachaça da Quinta na versão carvalho. Na
oportunidade me impressionei com a apresentação do produto (garrafa
muito elegante), com a origem (Carmo- RJ) e sem dúvida com o sabor
(para maiores detalhes, ver a postagem de 2010 disponível neste
blog).
Mais tarde Conheceria
Kátia pessoalmente em um curso de análise sensorial quando fui
gentilmente presenteado com sua cachaça na versão prata. Como de
costume pedi à Kátia que assinasse o rótulo que ainda hoje tenho
guardado em casa.
Idas e vindas e volto
para escrever sobre o alambique da Cachaça da Quinta visitado no
último dia 05 de maio de 2012 quando pude acompanhar a Confraria de
Cachaça Copo Furado em visita oficial à bela propriedade.
O que vimos foram
ótimas instalações, dentro das normas do ministério da
agricultura. Um esmero que observa-se em instalações que trazem
logística à produção. Exemplo: Todas as etapas da produção
contam com um ponto de vapor( o alambique funciona à caldeira). Este
procedimento é para permitir a higienização dos utensílios desde
a moenda até caixas de recepção na destilação. Outro exemplo é
a decantação do caldo já fermentado. É muito comum o caldo
durante a fermentação “zerar” o brix, mas continuar com
partículas em suspensão que não deixam a superfície espelhada(
ponto ideal para a destilação). Dessa forma no alambique da Quinta
eles possuem uma dorna para decantação de partículas e “zeramento”
total da atividade fermentativa.
Aspectos que me
chamaram a atenção foi a moenda, movida à roda d'gua, o fato da
Kátia padronizar a diluição do caldo para 14°Brix quando alguns
produtores trabalham com 15° ou 16° e saber que primeiramente o
alambique produzia uma versão armazenada na Imburana, para depois
trabalhar com o carvalho. Já ia esqueçendo...a água. Muito boa. A fonte dentro da propriedade.
Mais uma vez vi um
produtor totalmente atualizado seguir um “dito” que alguns
produtores já relatam, mas durante muito tempo foi considerado
lenda. Mesmo estando em tonéis de aço inox, a cachaça branca é
repousada em média por um ano para “arredondamento”. Dentro da
minha vã filosofia, acredito que esta prática só contribui para o
amadurecimento do destilado vindo a mostrar como a cachaça branca
possui sua complexidade também.
A entrevista que
segue é um rápido bate-papo com a Kátia, desta vez como Presidenta
da APACERJ( Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça do
Estado do Rio de Janeiro). Kátia fala sobre os desafios e projetos para a
associação.
A “Zoada” que
escutam ao fundo é por conta do alvoroço causado pelos quitutes
oferecidos pela família (Leitoa à pururuca, Frango Caipira, uma
pimenta inesquecível, uma caipirinha maravilhosa feita pelo
simpático e acolhedor esposo da Kátia). Diante da recepção de
“Primeira”, quem não ficaria entusiasmado com a “Quinta”?
Agradeço a Kátia
mais uma vez pela entrevista e pela recepção!
Parabéns Thiago, pelo ótimo texto, elucidativo, com aspectos interessantes da produção da ótima Cachaça da Quinta, TRADIÇÃO DA FAMÍLIA DE KÁTIA ESPÍRITO SANTO, DESDE 1923.
ResponderExcluirFico feliz pela visita e pelos elogios.
ExcluirOlá Thiago: você também está se tornando um ótimo repórter. A Globo que se cuide.
ResponderExcluirParabéns à Kátia, por seu trabalho frente à APACERJ.
Muito obrigado Luiz Carlos, sempre prestigiando..
ResponderExcluirRealmente de excelente nível não só sua entrevista como também seu blog. Já tinha passeado por ele outras vezes.Espero ter a honra de um dia nossa cachaça estar presente em sua página. Abraços Rogério Cachaça Parapeúna
ResponderExcluirboa Thiagão! parabens pelo trabalho, tenho aproveitado p conhecer mais sobre o universo da cachaça q é fascinante.Quero provar essa cachaça da quinta com que com certeza não é de quinta!rsrs. e aguardo tb postagem sobre o alambique da serra do cipó! abraço pagode
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