segunda-feira, 9 de maio de 2011

A Barrozinha



Atravessamos a porteria de madeira que logo logo denunciou o caminho do alambique. Me perdoem ,adoro mata nativa, mas se tem uma cultura que é bonita de longe é um canavial bem plantado, fica uma tonalidade de verde que muito sutilmente muda de tom de acordo com o vento.


Mais uma placa dentro da propriedade e chegamos. Um sino com uma placa "toque para ser atendido" mas não foi preciso, pois assim que desligamos o carro já se aproximou uma pessoa. Um senhor que a minha pobre memória não recordará o nome mas que viria a nos receber muito bem. Voz grave, meio calejada como suas mãos. Mas realmente uma pessoa que nos apresentou o alambique, as Cachaças (branca, armazenada e envelhecida no carvalho por dois anos).


Naquele momento estavam preparando um pé- de-cuba para ser destilado ainda naquela semana mas segundo ele, o fermento estava "fraco" e portanto elaborariam outro. Ainda assim adorei o cheiro da sala de fermentação e o vigor das bolhas do fermento. Lindo mesmo!


Minhas impressões


A estrutura do alambique é muito boa. Possui um destilador "Fogo no rabo" com serpentina e uma coluna de inox para produção de etanol. A cachaça barrozinha possui selo de orgânica, mas algumas características de logística poderiam questionar a certificação. Gado muito próximo da entrada do alambique é uma delas.



Saímos dali direto para a próxima parada que seria também votada bem em cima da encruzilhada. Vamos ou não entrar em Tiradentes? e entramos.


Lá vi um Brasil já conhecido (Paraty, Olinda, São Luis...), uma minas desconhecida e a lembrança esquecida da Inconfidência Mineira. Jaqueline me dissera que haveria uma celebração por terem encontrado o que seriam ossadas de dois inconfidentes. Um passado tão presente, no que se vê, se bebe, se percebe dos fogões à lenha que timidamente defumam a cidade. Naquele dia vinte um de abril meu gole, Joaquim José, da Silva Xavier, foi meu brinde!


Thiago Pires

O Bom filho ao blog entorna

Fala pessoal que tá há muito carente de novas. Sei que estou em falta mas vida profissional/ acadêmica..... tem demandado coisas que me fizeram ficar este tempo longe, mas espero voltar aos poucos.
Nas postagens que se seguem dividirei minha experiência de viagem à cidade de Carrancas no sul de Minas Gerais. A indicação da cidade foi feita pelo camarada Rudá Brauns, Bandolinista. Ao comentar que procurava um lugar para descançar na semana santa, este foi certeiro. Carrancas!
A cidade fica no sul de Minas e realmente pouquíssima gente conheçe. Depois de eu e Jaqueline decidirmos o destino (as belezas naturais cativam mesmo pela Internet), começamos a procurar por hospedagem. Internet, telefone fixo, liga daqui, dali e Jaque tão caçadora de Internet, descobriu o seguinte. "...Thiago tem uma cidade próxima que possui preços melhores que Carrancas e fica bem perto..." segundo depoimentos mineiros, 10 min de carro, mas na verdade 27 km de distância de Itutinga( onde acabamo$ ficando) a Carrancas, o que dá pelo menos 25 minutos de "Land Roça" minha paraty 95 que subiu foi ladeira nesta viagem.
Fechamos (Jaqueline, eu e seu anselmo, pai da Jaque)pacote realmente muito mais em conta e ficamos na pousada "Novo Milênio" em Itutinga, dirigida pela Sra Clarice. Gente simpática e simples como o povo da região.
Saímos 5;30 do Rio na Quinta-feira dia 21 de abril. Até Barbacena a maioria conheçe. Pedágios caros, muita subida, muito deserto verde(plantação de eucaliptos e pinus) e outras belíssimas paisagens nativas. Fizemos uma parada antes de Barbacena e seguimos até Barroso, terra da família do estimado Rubem Schuenk. Bem perto do trevo para a entrada da cidade lemos a seguinte placa: " Cachaça Barrozinha a 2km" .
Meu espírito "easy rider" entrou em ação ali e como costumo dizer, pior que um louco que tem a idéia é o outro que apoia a mesma. Sendo assim fomos ( depois de votação unânime...rs..rs) visitar e esticar as pernas na Barrozinha.