sábado, 27 de março de 2010

Reverência à Anísio Santiago


No decorrer das semanas, citarei e prestarei minha reverência à vários personagens do rico universo da Cachaça que de alguma forma são referência na minha "vida etílica".
Começo com o Anísio Santiago.Pioneiro na produção de Cachaça na região de Salinas, este lendário produtor (tão lendário quanto a própria Cachaça que produzia), eternizou seu nome no imaginário dos que apreciam Cachaça.
A iniciativa de nomear e rotular suas Cachaças em uma época em que isto não era feito pela maioria , aplicar criteriosamente um período de envelhecimento em uma madeira regional(Bálsamo), utilizar sua Cachaça como moeda de troca e pagamento numa região tão carente de recursos financeiros(o Vale do Jequitinhonha ainda é mais lembrado por seu artesanato em barro e madeira e pela pecuária!)faz com que todos os elogios à este típico mineiro, sejam poucos.
Como maior exemplo, gostaria de terminar esta postagem com a seguinte máxima:"...Com Cachaça não se pode ter usura..." do próprio Anísio.
Diante das dificuldades que um produtor artesanal possui para manter seu negócio funcionado é meio irônico escutar isto, mas é facilmente compreensível.A honestidade deste autor da famosa Havana (Anísio Santiago)foi tão emblemática que o próprio nome veio a ser uma marca. A opção de se produzir Cachaça de forma artesanal(fermentação mais lenta, destiladores de cobre, lenha, destilações que chegam a durar cinco horas, armazenamento e envelhecimento sem extratos e corantes...) é tradição sim, regionalismo sim, mas cada vez mais se torna uma questão política.


Dica de leitura: "O Mito da Cachaça Havana - Anísio Santiago" de Roberto Carlos Morais Santiago. Edições Cuatiara. Belo Horizonte - MG, 2006.

Cachaça da Quinta

Gostaria de recomendar a Cachaça da Quinta(Carmo-RJ).Degustei esta Cachaça na última quinta-feira e me impressionei muito com suas características.Visualmente, cor dourada mais para o "amarelo Palha" belo colarinho persistente denunciando ótima viscosidade nas paredes do copo.Olfativamente, cheiro muito frutado lembrando amêndoas, e aniz(chega-se a duvidar da madeira, Carvalho ou Bálsamo?).O sabor remete ao Carvalho mas de forma muito agradável, com pouquíssimo amargor.
Já tinha visto esta Cachaça sendo comercializada na rede Lidador, mas nunca tinha experimentado-a.Paguei r$7,80 na dose e não me arrependi.Recomendo, principalmente por ser mais uma Novidade(não tão nova assim) do estado do Rio e da Cidade de Carmo.
Coincidentemente ou não, esta semana estive envolvido em atividades de gravação de um cd com músicas de Egberto Gismonti, ilustre nativo desta cidade que inclusive batizou com o nome da cidade o selo sob o qual lança seus cd's.
Carmo para o Mundo...

domingo, 14 de março de 2010

Carta do Dia

Dia Quatorze de março, meu aniversário.Com o passar do tempo, quem ler estes escritos, percebrá todo um misticismo em torno do dia quatorze.Meu Avô nasceu no dia quatorze de janeiro, o pai quatorze de Fevereiro e eu quatorze de março.
Para se abrir um garrafa de Cachaça aqui em casa, obedeço dois critérios:o primeiro se algum amigo que bebe cachaça vier na minha casa, o segundo se eu "eleger" o dia como especial, o que pode ser uma data comemorativa, ou um dia simples mas que choveu e aconteceu de eu estar em casa, no momento da chuva ou depois de um dia cansativo, ou depois da estréia de um show...
Hoje dia quatorze escutei "Quincy Jones Interpreta sucessos de Henry Mancini".Orquestra do Quency Jones, muito bom.Para acompanhar o Vatapá (receita maranhense) de minha mãe, abri a Cachaça San Domenico(armazenada em carvalho), do município de Jaboticabas-MG, ainda não sei se é boa mas tem o selo da AMPAQ.

"abrideira"

Como "ela" diz:Ninguém faz nada sozinho.Não sou responsável pela criação deste blog.Pela manutenção " talvez". Mas de antemão, quero e devo a agradecer à minha compania mais intensa, que divide meus prós e contras, quem combate meu machismo e implica com meu flamengismo.Esta mesma que talvez um dia vocês possam conhecer(este torço de web é muito impessoal)!Jaqueline Luz tem sido " a luz" não do fim do túnel,mas do início do túnel, da estrada, deste caminho que eu nem ela(alguém sabe?) onde vai dar, mas que é um prazer só, viagem de feriadão, Ibitipoca, Petrópolis, Barra Grande, Santa Teresa.A ti companheira meu agradecimento, mas sobretudo meu amor!
Obrigado
Thiago Pires.